• Prof. Carlos Augusto Pereira dos Santos Possui Graduação em ESTUDOS SOCIAIS pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (1990), Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2000) e Doutorado em História Do Norte e Nordeste do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2008). Atualmente é Professor da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU - UVA. Leciona as disciplinas de Historiografia Brasileira e História do Brasil I e II. É tutor do Programa de Educação Tutorial - PET HISTÓRIA/UVA. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: militancia comunista, ditadura, cotidiano, cultura e trabalhadores urbanos. conheça o grupo de pesquisa Cidade, Trabalho e Poder. Clique Aqui
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Repasso aos visitantes matéria sobre a arte de contar histórias. Que tal hoje, domingo, você juntar a sua turma à sombra de uma árvore e começa a contar uma história interessante?! Se deliciem com a matéria do Caderno Regional do Diário do Nordeste de hoje, 20/02/2011:

Aquiraz.
Café quente, macaxeira cozida e uma sombra, tudo bem próximo ao fogão à lenha. Ambiente e comida perfeitos para uma boa conversa e à moda do interior. É assim que o simpático Manoel Silvestre, de 73 anos, recebe os visitantes em sua casa, na Praia de Batoque. De vida simples, mas com muita fartura, o pescador e agricultor, como gosta de frisar, é reconhecido por lá como um grande contador de anedota e de "causos". De pescador ou agricultor, verdadeiras ou não, as histórias de seu Manoel, no entanto, retratam suas vivências com uma pitada generosa de fantasia. Fórmula que não tem como não encantar quem as escuta.

Algumas de suas histórias e este encantamento poderão ser conferidos na próxima sexta-feira (25), na Praça da Matriz deste Município, quando ele e outros contadores de história da região se apresentarão durante o evento cultural Lamparina de Histórias. "O pessoal de Aquiraz só tem que esperar uma excelente exibição", garantiu a criadora e coordenadora do projeto, Júlia Barros. Manoel Silvestre será o destaque do evento, com presenças confirmadas, também, da Cacique Pequena e de Auristela Câmara.

O evento, que já passou pelos Municípios de Saboeiro e Assaré, tem como objetivo "dar reconhecimento a esses contadores de história e que a comunidade passe a enxergá-los pela sua importância para a história local", ressaltou Júlia. É um momento de compartilhar os saberes que antes eram anônimos.

Entre um gole e outro de café, seu Manoel conta as histórias que irá apresentar no evento. Para não ter perigo de esquecer, ele diz como está preparando seu repertório: "Minha memória não ´tá´ tão boa. Eu vou lembrando e anotando. História disso assim, história de fulano".

Tradição

A arte ele diz que herdou do pai, que também era um contador nato. "Meu pai trabalhava numa casa de farinha, com um velho que também se chamava João. Um dia o velho ´tava´ puxando uma estaca. Puxava com força e não conseguia arrancar do chão. Aí meu pai olhou pra ele e perguntou o nome da mulher. A força foi tão grande que o velho arrancou a estaca do chão, dizendo: "não fale nessa mulher", contou seu Manoel seguindo com uma gargalhada. "Será que gostava da mulher?", completou o contador.

Quem também faz parte de suas histórias é dona Luzanira, com quem é casado há 56 anos. Ao contrário do dono da Casa de Farinha, onde o pai de seu Manoel trabalhava, que não gostava da esposa, ele faz questão de dizer: "engraçado que a mulher nasceu de mim antes de meus filhos", relembrando a história bíblica de Adão e Eva, onde ela foi feita da costela dele.

Lembranças

Contando as histórias de seu pai, ele brinca e se diverte. "Ele contava tanta história que morreu". E seu Manoel também é desses que contam muitas histórias, mas não tantas quanto gostaria. "Ainda conto, mas acabou-se. O menino chega da escola, corre e vai direto pra televisão", conta apontando para o neto.

A queixa dele deu origem ao cerne do projeto Lamparina de Histórias: resgatar as histórias de trancoso, os causos, as anedotas e a história oral dos lugares, por meio desses personagens, que apesar de não viverem da arte de contar histórias, perpetuam a cultura local.

Seu Manoel Silvestre, no entanto, busca alternativas para manter viva a tradição de narrador: mantém os encontros com os amigos e os familiares. (Veja a matéria completa no DN de hoje)


MAIS INFORMAÇÕES
Lamparina de Histórias
Dia 25 de fevereiro, às 19 horas
Praça da Matriz - Centro
Município de Aquiraz (CE)

Emanuelle lobo
Repórter

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