• Prof. Carlos Augusto Pereira dos Santos Possui Graduação em ESTUDOS SOCIAIS pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (1990), Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2000) e Doutorado em História Do Norte e Nordeste do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2008). Atualmente é Professor da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU - UVA. Leciona as disciplinas de Historiografia Brasileira e História do Brasil I e II. É tutor do Programa de Educação Tutorial - PET HISTÓRIA/UVA. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: militancia comunista, ditadura, cotidiano, cultura e trabalhadores urbanos. conheça o grupo de pesquisa Cidade, Trabalho e Poder. Clique Aqui
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Panfleto. Colaboração do Prof. Paulo José.


A CHARGE ao lado, que circulou em Camocim na campanha eleitoral de 1975 em forma de panfleto, revela muito da politica camocinense quando a polarização entre as chamadas facções CARA PRETA e FUNDO MOLE era muito intensa. O panfleto, até certo ponto bem humorado, demonstra também  a alternância do poder entre as famílias que dominavam a cena política da época. Com efeito, a Família Aguiar já estava no comando do município hgá 24 anos. A eleição de Edilson Coelho, do grupo FUNDO MOLE,que governou entre 1976 e 1982. pôs fim a este período vencendo o candidato Batista Aguiar, da ala CARA PRETA. Vale salientar que durante este tempo houve uma tentativa de união entre CARAS PRETAS E FUNDO MOLES, com a eleição do Dr. José Maria Primo de Carvalho que exerceu um mandato tampão entre 1974-1975. Com a quebra deste acordo, a família Aguiar elegeu João Paschoal de Melo, que vencera o candidato Dr. Aristóbulo. Nestas idas e vindas do poder entre as duas oligarquias, com a eleição de Edilson Coelho inicia-se um outro período de hegemonia, desta vez com os Veras Coelho, que conseguiu eleger sua sucessora,  Ana Maria Beviláqua Moreira Veras, também por seis anos, perfazendo um total de 12 anos no poder. Esta sequência seria quebrada por Murilo Rocha Aguiar Filho (Murilinho) nas eleições de 1987. Como podemos perceber, embora o poder político em Camocim tenha tido características oligárquicas, como de resto no Brasil, o mesmo trafegou sempre entre estas duas facções políticas, mostrando uma alternância, coisa, por exemplo, que não se constatou por exemplo, na vizinha cidade de Granja, onde Esmerino Arruda e seus aliados mandaram por quase meio século. Fato interessante, pode-se observar depois do advento da reeleição, onde os Aguiar mandaram entre (1996 a 2004) com Sérgio Aguiar e depois perderam a hegemonia para o Francisco Maciel de Oliveira, praticamente neófito na política, ex-aliado dos Aguiar e apoiado nas eleições de 2004 pelo que ainda restava do antigo grupo FUNDO-MOLE, a família Coelho. Chico Vaulino como é mais conhecido também conseguiu se reeleger e marcar por oito anos sua estada no poder, criando também, durante sua passagem pelo executivo camocinense um grupo com as mesmas características das famílias tradicionais no modo de fazer política. Contudo, não conseguiu eleger seu sucessor em 2012. Com um grande leque de apoios, os Aguiar voltam ao poder na figura de Mônica Aguiar, neta do ex-deputado Libório Gomes da Silva, que no longínquo ano de 1981 fora derrotado por Ana Maria Veras, hoje aliada dos Aguiar. Idas e vindas da política camocinense.

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